Ucrânia mata o principal general russo em Moscou

Um importante general russo acusado de usar armas químicas na invasão da Ucrânia morreu após uma bomba explodir na entrada de sua casa em Moscou na madrugada de terça-feira, disseram os investigadores, matando-o e seu assistente.

O Comitê de Investigação da Rússia, uma unidade de crimes graves, disse que o Tenente-General Igor Kirillov, chefe das forças de defesa nuclear, química e biológica do exército, morreu em uma explosão causada por uma bomba colocada em um patinete.

Kirillov é o oficial militar mais proeminente a ser assassinado desde que a Rússia iniciou sua invasão em larga escala da Ucrânia em 2022.

O serviço de segurança SBU da Ucrânia havia emitido um "aviso de suspeita" um dia antes, essencialmente um mandado, para Kirillov por supostos "crimes de guerra cometidos" contra as forças de Kiev.

Um oficial de inteligência ucraniano com conhecimento direto do ataque disse ao Financial Times que o SBU estava por trás do assassinato.

"Kirillov era um criminoso de guerra e um alvo completamente legítimo, pois deu ordens para usar armas químicas proibidas contra o exército ucraniano", disse o oficial. "Um fim tão inglório aguarda a todos."

O oficial disse que o patinete carregando os explosivos foi detonado quando Kirillov e seu assistente, identificado na mídia russa como Ilya P, estavam per…  to da entrada de uma casa na Prospekt Ryazansky, em Moscou, onde o motorista havia ido buscar o general para o trabalho.

Imagens de vídeo compartilhadas com o Financial Times mostram Kirillov e seu assistente saindo do prédio e dando alguns passos antes que uma explosão ocorra.

A explosão abalou as paredes de vários prédios próximos e enviou estilhaços voando por dezenas de metros, de acordo com a mídia russa, danificando várias janelas.

Kirillov foi alvo de sanções do Reino Unido em outubro "pelo uso de armas químicas bárbaras na Ucrânia", incluindo o agente asfixiante tóxico cloropicrina.

O Reino Unido disse que Kirillov também era "um porta-voz significativo para a desinformação do Kremlin", uma referência a briefings públicos nos quais ele acusava regularmente Kiev de planejar usar armas químicas e desenvolver uma "bomba suja" nuclear.

No ano passado, Kirillov chegou a afirmar que a Ucrânia tinha planos de lançar drones especiais projetados pelos EUA carregando "mosquitos infectados" que espalhariam malária entre as forças russas. Kirillov também liderou os esforços russos para desacreditar relatórios que mostravam que o aliado de Moscou, o ditador recentemente deposto Bashar al-Assad, usou armas químicas na guerra civil da Síria.